Conversa
vai e conversa vem, acabamos decidindo que deveríamos fazer uma aventura em
busca de peças naquele desmanche. Sendo assim, começamos a traçar um plano e nos organizar
para fazer a viagem no feriadão de Corpus Christi deste ano, que se daría numa
quinta e sexta feira.
No sábado Josué viría para a capital Porto
Alegre, onde teríamos uma reunião de nosso grupo de fuscas. Então decidimos que
nos encontraríamos em Cruzeiro do Sul, e de lá seguiríamos para Santa Maria.
Minha
jornada começou mais cedo, na quinta feira. Como moro em Alvorada, me desloquei
até a capital Porto Alegre (cidade vizinha), onde peguei um ônibus em direção a
Lajeado, que é cidade vizinha de Cruzeiro do Sul.
Chegando
lá, Josué me levou para um pequeno “turismo” pela sua cidade, e logo após fomos
para sua casa, de onde sairíamos na sexta feira bem cedo. De noite, na casa do
Josué, jantamos um belo peru assado, com um bom vinho branco, para espantar o
frio, que, diga-se de passagem, estava com plena força aqui no estado.
Eram
6h da manhã quando tocam os despertadores. Tomamos um café reforçado, e
carregamos o fusquinha 74 1300 do Josué, apelidado de “Hellboy”. A geada
tomava conta da paisagem de interior e a temperatura devería estar abaixo de 0º
naquele momento.
Com
o motor ligado e aquecido, partimos. Tremendo de frio e com a adrenalina nas
veias. Iríamos enfrentar uma viagem de mais de 500 km em todo o percurso, tudo
no mesmo dia.
Porém,
apenas 5min após sairmos da casa de Josué, tivemos um empecilho: o cabo de
embreagem se rompeu... Até aí tudo bem, eu já havia trocado vários cabos de
embreagem. O problema, é que o “magrão” não me deu ouvidos quando sugeri uma
lista de peças sobressalentes e ferramentas para a viagem... Ficamos
empenhados.
Com
mais sorte do que juízo, o fusquinha quebrou o cabo praticamente em frente a
uma oficina mecânica de amigos de Josué. Tivemos apenas que esperar a oficina
abrir às 8h para realizar o conserto. Antes mesmo das 8h, o carro já estava no
ar, e o cabo estava sendo trocado (havía um cabo em estoque). Cerca de 8h45min,
seguimos viagem novamente, agora bem tranqüila, o que permitiu aproveitamos o bonito dia de
Sol que se formava. Mas o frio não deu trégua...
Chegamos
em Santa Maria por volta das 11h30min. Almoçamos, descansamos um pouco, e fomos
para a nossa terra prometida. Ao chegar lá, vi que o narrado por Josué era
verdade: muitos VWs, muitas peças, porém grana e espaço limitados para tudo.
Ficamos
praticamente a tarde inteira garimpando. Pegávamos as peças, desmontávamos dos
carros, e íamos fazendo uma pilha. Encontramos muitas peças raras, como tampa
do capô da Variant/Zé do Caixão (até 70), tampa do motor do fusca (até 64),
paralama olho de boi com grade de buzina, pára-choque dianteiro de Kombi (até 75),
roda original de Kombi 61, vários volantes antigos e dezenas de pequenas peças
de acabamento.
A
noite se aproximava, fechamos negócio nas peças por um preço bem razoável. Mas
depois veio um problema... Como carregar todas essas peças no fusquinha! A
resposta esta nas fotos. Hehehe
Após
carregar o Hellboy, partimos, já noite, em direção a minha casa em Alvorada.
Apesar do frio e cansaço, a viagem foi tranqüila, e o fusquinha 1300 mostrou
toda a garra e valentia que lhe deram o título de carro do século.
Toda a viagem foi uma verdadeira aventura. Não só os bens materiais foram valiosos nessa empreitada, mas também a parcería dos dois amigos que enfrentaram todo o caminho com muitos causos e bom humor. Isso não tem preço, e ficará pra sempre na memória!
Bem, finalmente, vamos às fotos:
Toda a viagem foi uma verdadeira aventura. Não só os bens materiais foram valiosos nessa empreitada, mas também a parcería dos dois amigos que enfrentaram todo o caminho com muitos causos e bom humor. Isso não tem preço, e ficará pra sempre na memória!
Bem, finalmente, vamos às fotos:
![]() |
"Hellboy", nosso guerreiro |
![]() |
Aquecendo o velho 1300 |
![]() |
Carregando as malas para a viagem |
![]() |
Momento em que se rompeu o cabo de embreagem... Na foto ainda dá pra ver que a grama estava coberta pela geada... |
![]() |
Troca do cabo de embreagem |
![]() |
Totalmente carregado com as peças garimpadas |
![]() |
Com nossa amarração "profissional", ficou muito firme |
![]() |
Entramos noite a dentro na viagem de volta. Mas o guerreiro nos trouxe em segurança pra casa. |
Parabéns, belíssima aventura e o mais importante tudo correu dentro do previsto a geada pegou vocês mesmo.
ResponderExcluirAbraços.
Obrigado amigo! Gostamos muito. Pretendemos um dia fazer outra! Abração.
ExcluirDe chorar isso ae...
ResponderExcluirNada de choro tchê, temos de manter a pose de machos gaudérios... Snif, snif...
ExcluirEsta aventura de vcs fez mecher com a minha memória e recordar momentos tão significativos que passou na minha vida e de tantas aventuras com os Vws que estiveram nas minhas mãos, é muita emoção no recordar e de ver que vcs jovens tem este mesmo espirito aventureiro neste tempos de hoje da modernidade.
ResponderExcluirmas sempre acho esta imagens triste de tantos Vws em desmanches, ainda bem que há pessoas como vsc que salvam um pouco quando conseguem.
Como sempre
Uma bela postagem
Parabêns ao Hellboy, Josué e ao Alex
Ô meu amigo Véio, fazía tempo que não te via por aqui amigo! Muito obrigado pelas sábias palavras! Com certeza essa aventura ficará para sempre na memória. Não há nada melho do que pegar a estrada num fusquinha. Imediatamente somos tranferidos à década de 70, o que trás uma nostalgia incrível.
ExcluirMeu sonho era salvar todos os VW abandonados por aí, mas isso é impossível. Faço o que posso, e no momento o que posso é salvar algumas peças que contaram a história desses carros.
Abraços meu amigo!
Não posso ficar de fora sem dizer a inveja que tive desses guris de não poder ir nesta viagem, no bom sentido é claro, pois quem que é amante de fusca não sentiria esse sentimento de liberdade e dessa emoção tão saudável nesta aventura que estamos compartilhando.
ResponderExcluirum abraço aos aventureiros
Na próxima vou querer ir também